quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Desabafo.


Pois não, eu mudei. Tô vivendo sem olhar pra traz. E deixei lá o que eu não queria carregar, não mais.
Vou caminhando na direção que me parece melhor, mais atraente, aceito desvios e paradas para admirar a paisagem, mas não volto. Nunca mais.
E sabe pra onde eu vou? Boa pergunta, ainda não decidi um lugar. Talvez eu não pare, quem sabe.
Como um bom filho to usando as asas que me Pai me deu.
Ainda há muito a ver e sentir, pessoas a conhecer ou somente observar, cada detalhe, cada defeito. Mas não só defeitos, também ver a beleza que esta por traz da mascara.
Deixei as expectativas de lado, e seja o que DEUS quiser.


A paisagem que estes meus olhos enxergam,

me traz empolgantes momentos de fluxo.

O escuro cinza dessas nuvens de algodão

expressam meu amor e a solidão.

A luz escassa de uma manhã chuvosa,

é suficiente para desenterrar a paz em meu peito.

Este que guarda um coração vermelho como sangue

e sente paixão tão intensamente que me deixa até sem jeito.

Nesta cidade, onde os prédios cobrem minhas montanhas,

só me resta fechar os olhos e imaginar

areias brancas como as da Lua e o mais transparente dos mares,

juntas num paraíso que Deus jamais pensou em criar.

Não posso voar,pois Deus ainda não me abençoou com asas,

e não quero ser um espírito para me sentir mais leve que o ar.

Eu quero pular da mais alta montanha e abrir os braços

e anjos irão me levar até minha estrela,onde não terei mais que sonhar.

Não quero amar enquanto eu não me amar.

Quero realizar aquilo que fará eu me sentir glorioso.

Quero ter o prazer de chegar onde eu ainda não cheguei,

e ter inúmeros motivos para me sentir feliz e orgulhoso.

Quero ter amigos, de corpo e alma,

que façam eu me sentir vivo e radiante.

São estes que eu olharei como santos,

estes que eu amarei a cada instante.

E finalmente, eu quero ter alguém para beijar.

Alguém com que eu possa deitar-me junto

e fazer amor até a Lua se por atrás daquelas montanhas.

Aquelas da paisagem que os meus olhos enxergam.

Mas por que falar "eu quero" quando na verdade "eu posso"?

(Ariel Rodrigues)





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